14 janeiro 2007

Um mau indício político

Fiquei surpreendido com esta forma de fazer política. Já sabemos que as máquinas partidárias estão visceralmente ligadas às estruturas do poder local. Que desde o liberalismo assim é, que o caciquismo não é de agora.
Nós sabemos que o povo, embora vocifere, compreende que assim seja. É difícil motivar as pessoas doutra maneira. É quase impossível as pessoas apoiarem desinteressada e activamente qualquer política nacional sem uma qualquer contrapartida à beira da porta.
Vai daí Sócrates, em vez de políticos, convocou autarcas, não para falar de politica autárquica mas para obter dos Presidentes de Câmaras Socialistas, ou pretendentes a tal, a colaboração na promoção do voto, presume-se do Sim no referendo sobre a I.V.G..
Não sei se os tais autarcas vão perder parte do seu precioso tempo com estas ninharias, tão absorvidos que eles andam no seu “quintal”. Desconheço a sua capacidade para irem além da trivialidade, que eles nunca a demonstraram, quando não sentem em causa o seu patamar de poder.
Se a intenção era fazer passar a questão do plano politico para o apolítico, não resultou, nem disso havia necessidade. E o P.S. dá uma má imagem da sua capacidade de mobilização política, social, moral, como referência democrática que tem de ser em permanência.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana