28 janeiro 2007

O Reino do “Faz de Conta” - Episódio 9

Independentemente do auto-conceito e da auto-estima que dá à sociedade um aspecto granular e não incentiva a cooperação e a solidariedade na prossecução de um bem comum, há instrumentos conceituais, psicológicos e sociológicos que deveriam merecer maior relevância até porque a sociedade não vive sem o cimento que o reconhecimento e outras formas de estímulo de natureza social proporcionam.
Se é bom que nós nos sintamos bem connosco próprios, esta situação tem que dar origem a um reconhecimento do contributo que cada um dá para esse efeito. E ninguém gosta de ficar na sombra quando vê outros menos valorosos nas luzes da ribalta. Algum reconhecimento social faz sempre falta.
Não é de todo deslocado premiar quem trabalhou com afinco, se dedicou a dar mais do que lhe era pedido, acompanhou a evolução, preparou-se para não ficar de fora do progresso, se interessou por outros domínios que não só os de natureza profissional, está apto e tem vontade de continuar.
Mas ser necessário procurar nos caixotes que estão no sótão as medalhas do Jogo da Malha, os cartões de sócio do Clube de Caçadores de Borboletas, e de Jogadores do Espeto, as gazuas de abrir portas, as gaiolas de agarrar canários, as armadilhas de apanhar pássaros, isso é que não é de todo aceitável.Por isso é dispensável o reconhecimento, validação e certificação que obrigam a mexer nas teias de aranha. A sociedade, por mais injusta que dela queiram fazer, há-de ver mais longe do que isso e, se é de trabalho que ela precisa, é pelo estudo que se deve começar.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana