13 janeiro 2007

O que está para além da ignorância do futuro

Quando tentamos perceber o futuro temos de partir de alguns pressupostos:
o Escolhemos os factores que no passado mais influência teriam tido no actual estado das coisas.
o Definimos, em função do aumento ou decréscimo da sua grandeza, em que sentido e com que magnitude essa influência se exerceu e, a manter-se a níveis semelhantes, continuará a exercer-se.
o Para melhorar o prognóstico analisamos o efeito sinérgico que pode derivar de diferentes combinações desses factores.
o Para optimizarmos a análise tentamos referenciar os factores que a experiência de quem os pode manipular e o progresso técnico e tecnológico poderão fazer adoptar um comportamento não similar ao passado.
o Para não correr percalços desnecessários tentamos “adivinhar” os novos factores que a prazo virão a substituir alguns antigos.
Obtidos indicadores seguros, referenciados a um ponto zero, desloquemo-nos para lá, para esse domínio puro da relatividade, em que nada é suficientemente estável. Digamos que é o melhor lugar para estarmos, sentindo o balanço das ondas.
Melhor que isto só na ignorância absoluta, em qualquer lugar recôndito, onde nem o eco chegue dos factos, especulações e estados de alma.
Infelizmente a quase todos nos calha por sorte estarmos nos estádios intermédios, entre a bonança e a tempestade.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana