20 janeiro 2007

O Reino do “Faz de Conta” - Episódio 2

Aquelas calamidades que um dia nos surgem inesperadamente são uma manifestação da inoperância, da impreparação e do desleixo mas servem muitas vezes para nos rirmos. Nós, podemos não saber resolver qualquer problema, facilmente achamos qualquer situação deste tipo ridícula, e até damos a ideia de que sabemos a solução.
Qualquer manifestação que nos surja anos passados, com a mesma exacta configuração, levar-nos-á por princípio a rir de igual modo, que nós já estamos preparados para isso e também para, se for caso disso, nos lamentarmos. Mas a hora é de persistir, não de reflectir.
Portugal, não nos digam a União Europeia, por favor, gastou milhões em cursos e mais cursos que para nada, absolutamente para nada serviram.
Portugal prepara-se para gastar mais milhões em mais cursos que, presumo, só servirão para difundir mais plasticina mental do que para dar a ginástica precisa a espíritos subservientes.
A situação repetir-se-á na forma e no conteúdo, com acrescido afluxo, tem a agravante de que vai haver canudos para todos. Mas nós já não temos ar para a comédia, já não nos fazem rir com isto, porque é a tragédia que nos espera.
Há um passado que deveria ser nosso conselheiro, não o podemos esquecer. A corrida desenfreada de quem acha que tem hipótese de meter a mão em tão delicioso bolo, parece sugerir que nada vai ser diferente. Haverá lugar para a esperança?

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana