19 janeiro 2007

O Reino do “Faz de Conta” - Episódio 1

Agora que tudo parece fácil, que vamos poder subir nos degraus do conhecimento, que o mundo se abre à nossa frente, eis que estamos velhos para almejarmos sermos gestores de qualquer coisa, nem que seja do nosso próprio negócio.
Adormecemos e o mundo já é outro, com outras exigências e necessidades. Já não é suficiente montar os nossos próprios estabelecimentos para vendermos hortaliças e nabos, que não faltam por aí da concorrência. Também não dá para tapar furos às bicicletas, que furos até sobejam. Por aí tudo sobra e não compensa pensar muito mais.
Valha-nos que, se individualmente falhamos, como povo somos prodígios de imaginação, ninguém nega. Chega-nos copiar, quando surge alguém com uma ideia, aparecer e imitar. Roubar ideias é o que nós sabemos fazer. Mas como temos as vistas curtas roubamos aos vizinhos quando as devíamos ir buscar mais além.
Entre copistas e funcionários públicos a distância é pouca. Mas aos funcionários públicos agora ninguém os quer.
Para que nos queremos qualificar? Estamos certos e seguros das nossas “enormes” competências. Se isso nos basta para que é que as vamos validar? Se ao menos dessem uma medalha!

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana