Os políticos sobrelevam muito o valor da sua contributo para o progresso quando se sabe que há uma intervenção muito diversa e a nível de várias áreas do saber, para que pouca é a sua contribuição. No entanto são eles que mais aparecem a defender ideias e muitas de duvidoso valor.
Os nossos políticos facilmente se tornam arrogantes e toleram essa arrogância mesmo nos seus adversários. Parece que funciona no seu seio o princípio de que a primeira incumbência que lhes cabe é atribuir valor aos outros, seja pela via do mérito ou do demérito e ele estão isentos.
O Estado é a instituição que encobre ou em que se desejam encobrir os políticos. Como assenta numa forte estrutura, consolidada pela experiência e pelo tempo, qualquer tentativa para inovar, para corrigir os seus erros mais gritantes, esbarra nos políticos de vários quadrantes, defensores do templo.
Só quando o edifício corre o risco de ruir, só quando é necessário encontrar novas soluções para problemas que persistem é que os políticos se humildam um pouco e abrem à inovação e aceitam alguma secundarização e desvalorização própria.
Só uma grande revolução nos conhecimentos, na tecnologia, no saber pode levar a que os políticos sejam obrigados a caminhar no sentido de dar corpo a uma estrutura mais leve e linear do Estado, com menos, melhor participados e eficazes centros de poder.
Os políticos funcionam no geral como forças de resistência e mesmo de bloqueio. Temem demasiado pela sua segurança e não assumem a política com o desprendimento em relação a outros interesses. Há necessidade de uma maior consciência e uma responsabilidade individualmente mais assumida.
Sem comentários:
Enviar um comentário