20 janeiro 2007

A ternura que não pode ser saudade

As Terras do Parque da Peneda-Gerêz foram colocadas numa espécie de quarentena desde há uns trinta e seis anos. Foi uma decisão que teve os seus méritos e deméritos, deixemos este exame para mais tarde.
Em relação ao contributo de tal facto para o declínio da população na área do Parque parece-nos aceitável que desde já o achemos decisivo. Um dos factores é que as pessoas passaram a ver-se muito mais limitadas nas suas possibilidades de expansão em relação a actividades e moradias.
Mesmo em termos de acessibilidades só o aproveitamento da energia dos excelentes cursos de água que o atravessam levou a criar algumas estradas decentes. Para agravar a questão o Parque situa-se numa longa zona de fronteira, que só com a entrada dos dois Países na Comunidade Europeia ganhou algum dinamismo.
Entretanto já muita gente tinha emigrado e para destinos não tão comuns como nós por cá estamos habituados: O principal destino foi os Estados Unidos da América.
Os que cá ficaram vão mantendo algumas tradições. Enternecemo-nos com coisas como este espigueiro, mas não nos podemos tornar saudosistas por isso. (foto de Mosteirô, Britelo, Ponte da Barca)

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana