13 janeiro 2007

A nossa arqueologia industrial

Os mais velhos ainda se lembram das histórias do volfrâmio, tão explorado nas nossas redondezas. Das pessoas que fumavam charutos embrulhados em notas do Banco de Portugal. Dinheiro fácil num tempo de miséria quase generalizada, em que os ricos (sem contar com estes traficantes de minério) estavam bem abaixo dos pobres de hoje.
Nas fraldas da Serra de Arga, desde Sª. Justa em S. Pedro de Arcos até às minas do Cavalinho na Cabração, passando pelo Cerquido em Estorãos. Mas também nos concelhos de V. Nova de Cerveira, em Covas e Caminha, nas Argas, Dem e Montaria. E noutras serras como na Facha.
Dessa actividade só restam casas entretanto ardidas ou vandalizadas, minas de certo modo perigosas e mal protegidas. Serração de madeiras, pedreiras, minas (volfrâmio, estanho, ouro), lagares de azeite, são as nossas indústrias mais tradicionais de cuja arqueologia se não houve falar.
As casas do Cavalinho e do Cerquido tem óptimas localizações e mereciam que fossem recuperadas como testemunha duma actividade milenar.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana