Ouvi falar de guerras, de mortandades, de humilhações que se iam sucedendo por essa Europa fora. Uns achavam-se no direito de oprimir outros, outros revoltavam-se contra os vexames a que eram sujeitos. Povos inteiros sofreram por culpa de uns poucos cujo desnorte levou a pôr várias vezes a Europa a ferro e fogo.
Vítimas inocentes foram aos milhões e às vezes só por se encontrarem no caminho entre os que pretensamente queriam fazer justiça sobre nações indefesas. Outros só por se terem integrado durante séculos nos países europeus e alguns megalómanos terem fomentado a sua rejeição.
Na minha juventude havia uma tentação de nos colocarmos ainda de um ou de outro dos lados das várias barricadas que se foram formando na Europa durante os últimos séculos e em particular após a revolução francesa. A última grande guerra tinha sido tão brutal que os seus efeitos ainda se faziam sentir.
Entretanto já tinham sido lançados à terra os alicerces da nova Europa que, devido ao nosso isolamento só fomos conhecendo pelos nossos imigrantes. Essa é a Europa da paz a que vale a pena estarmos associados porque não deseja que se formem novas fronteiras, não quer fomentar desigualdades, superioridades, ressentimentos.
É esta Europa que esta pretensa esquerda agarrada a estereótipos ultrapassados não se cansa de atacar, utilizando todas as oportunidades. O referendo só seria mais uma para poderem dar azo ao seu vanguardismo igualitarista sem nexo e sem senso.
Vítimas inocentes foram aos milhões e às vezes só por se encontrarem no caminho entre os que pretensamente queriam fazer justiça sobre nações indefesas. Outros só por se terem integrado durante séculos nos países europeus e alguns megalómanos terem fomentado a sua rejeição.
Na minha juventude havia uma tentação de nos colocarmos ainda de um ou de outro dos lados das várias barricadas que se foram formando na Europa durante os últimos séculos e em particular após a revolução francesa. A última grande guerra tinha sido tão brutal que os seus efeitos ainda se faziam sentir.
Entretanto já tinham sido lançados à terra os alicerces da nova Europa que, devido ao nosso isolamento só fomos conhecendo pelos nossos imigrantes. Essa é a Europa da paz a que vale a pena estarmos associados porque não deseja que se formem novas fronteiras, não quer fomentar desigualdades, superioridades, ressentimentos.
É esta Europa que esta pretensa esquerda agarrada a estereótipos ultrapassados não se cansa de atacar, utilizando todas as oportunidades. O referendo só seria mais uma para poderem dar azo ao seu vanguardismo igualitarista sem nexo e sem senso.
1 comentário:
Para que um cão nos obedeça, temos de conquistar e merecer o respeito do cão. Isto é válido também para os políticos perante os cidadãos que governam. Não podem pedir obediência nem muito menos respeito a quem eles, sistematicamente, desrespeitam. Não quero falar deste governo nem de qualquer outro. Tantos são os maus exemplos de todos eles desde o tristemente apregoado 25 de Abril. Quero sim mostrar o quão absurdo é maltratar-se violentamente um cão que não consegue entender os nossos métodos e ordens, ou castigar cidadãos que nunca tiveram como recompensa algo mais que mentiras, ultrajes e ossos já roídos. Também não é minha intenção reduzir a política a uma qualquer técnica de aprendizagem para caninos. Quero sim e apenas exprimir um pequeno sinal de alerta para todos aqueles que governam cidadãos e, já agora, a todos os outros que domesticam pequenas feras caninas.Porque os políticos - sobretudo aqueles que saiem vitoriosos de uma eleição democrática - deviam ter mais consideração e respeito por todos aqueles que neles acreditaram. E não deviam nunca subestimar essa generosidade que os cidadãos decidiram mostrar quando neles foram votar, eventualmente à chuva e ao vento ou depois de calcorrearem um longo caminho de cabras. De igual modo como não devemos pontapear o desgraçado do cachorro esquecendo como ele nos guarda a casa, ou o rebanho, noites e dias a fio, ao frio e à chuva. Já sei que há muitas promessas eleitorais que só depois, na prática, se mostram impossíveis de cumprir. Mas o que eu sei também é que nenhum cidadão se sentiria ultrajado quando esses políticos tivessem a coragem de vir a público dar explicações, pedir desculpas, mostrar o 'como' de não ser possível no momento presente. Só lhes ficava bem e, muito melhor que esse ficar bem, mantinham o respeito do eleitorado e garantiam o voto futuro.Mas não!Neste país, já de si tão diminuto, parece que a escola política que faz escola é outra, com cânones bem diferentes, mas igualmente pequeninos. Fazem-se promessas a torto e a direito, e depois ninguém as cumpre nem muito menos as justifica quando chega a hora de aplicarem o absoluto contrário; retiram-se direitos adquiridos pelas gerações anteriores; acenam-se com novos espantalhos - como a incerteza do direito a uma Reforma pelos contribuintes de hoje -, como se isso não fosse um incentivo a que ninguém mais queira descontar, pelo menos, sobre os seus verdadeiros rendimentos. De todos aqueles milhares de portugueses que descontam sobre o salário mínimo (embora ganhando muitíssimo mais) quantos deles vão querer regularizar a sua situação contributiva? Só os lorpas, obviamente!... E toca de aumentar o imposto de todos para a Segurança Social!Cheira-me que esta forma de governar tem algo de maquiavélico: Não eleva o nível de fazer política, nem melhora o grau de civilidade de todos nós. E assim ficaremos, eternamente, até que uma Europa Federada venha arrumar a nossa casa e tome conta do nosso destino, livrando-nos da política de isolamento parolo de uns e do vanguardismo igualitarista sem nexo e sem senso, de outros!
Por isso, que viva o Tratado de Lisboa e ... fim de 'papo' sobre o referendo!
...Mas que se acabe de vez, também, com a maldosa demagogia que, enquanto nos acena com uma Europa livre, civilizada e socialmente justa, nos impõe uma vida verdadeiramente terceiromundista,na prática.
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