13 janeiro 2008

A controversa estratégia do Ministério da Saúde

É controversa a estratégia adoptada pelo Ministério da Saúde quanto à implementação dum plano nacional que visa a melhoria geral dos cuidados de saúde, o controle do seu peso crescente no orçamento de Estado, o aproveitamento dos recursos humanos, a racionalização dos meios, a complementaridade entre a oferta privada e pública, o controle da qualidade da oferta privada.
Na base da estratégia adoptada está o pressuposto de que seria difícil apresentar um quadro de reforma completo e acabado que não suscitasse mais focos de conflito do que os que estão a aparecer, com o agravante de que seriam todos de uma só vez. E não se poderia esperar que os meios de comunicação social contrabalançassem um eventual prejuízo com o benefício que a reforma implica objectivamente para muitos mais.
A gestão de conflitos a nível sectorial e regional, embora não deixe de contribuir para o som de fundo nacional, tem-se mostrado mais avisado e prudente. Pôr tudo de uma só vez “em pratos limpos em cima da mesa” não está provado ser a estratégia mais certa. Porque o conflito surgiria sempre, mesmo que a nível global as vantagens suplantassem em muito os possíveis e imaginários prejuízos. Em tudo impera a máxima de que o bem dos outros não nos aquece a nós.
Esta política de olhar cirurgicamente para cada pedaço do todo nacional, ponto a descoberto uma organização infeliz é a mais correcta. O contraponto é vermos a direita e a extrema-esquerda numa aliança espúria e venenosa. Quando o líder do P.C. foi dar o seu apoio ao povo da Marinha Grande quando estava na Anadia só diz de quanto é indiferente para estes políticos o estarem ou não a falar para quem falam. O M.S. não foge a identificar bem os problemas e a dialogar com os intervenientes.
Se o povo vier a satisfazer em eleições os propósitos desta gente veremos quanto iníqua é esta luta comum de esquerda e direita unidas circunstancialmente. De Meneses só se vê a tentativa de lançar labaredas onde tem os seus acólitos. De Jerónimo fica-nos o espreita a querer aparecer na fotografia.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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