22 janeiro 2008

Um Serviço Público de Saúde não é uma simples porta aberta

Ser ministro neste País é um acto de coragem, embora constituísse para todos um momento de glória irrenunciável, por mais pequeno que fosse. Valha-nos a televisão que nos vai dando a palavra esporadicamente. Ser ministro tão exposto como o é o nosso Ministro da Saúde é quase uma temeridade, o que, é bom que se diga, também está no espírito de muitos de nós.
Levando grande parte do Orçamento de Estado, estando sujeito ao escrutínio diário da população e ao controle apertado do Ministério das Finanças, gerindo um campo em permanente evolução, cujas soluções de hoje depressa se tornam obsoletas, o Ministro da Saúde mantém a firmeza de quem tem a razão do seu lado e o apoio social que não é manipulado pelas forças ultra-liberais da direita, com a conivência suicidária das forças esquerdistas.
Conseguir estruturar redes de cuidados primários, continuados, de emergência, etc. que possam dar uma cobertura satisfatória ao País e a sujeição aos condicionalismos de pessoal, de orçamento e às resistências naturais e artificiais à mudança, exigem a solidez técnica, humana e política de um homem como Correia de Campos.
Não é fácil a estruturação de um Serviço Público de Saúde em que haja complementaridade, competência e racionalidade. Todas as falsidades têm sido utilizadas para o atacar, que os políticos da oposição têm claramente menos receio de atacar os políticos não profissionais ou não aparelhistas, do que os donos do aparelho adversário.
Já viram como é diferente meterem-se com Correia de Campos e meterem-se com os pesos pesados do P.S.?
Seria péssimo que Sócrates substituísse Correia de Campos por um dinossauro aparentemente mais identificado com o P.S.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana