Esta discussão à volta do B.C.P. é tudo o que a direita não teria querido que acontecesse e tudo faz para embaralhar agora que ela se tornou inevitável. Assenta no velho princípio de que se não pode defender do ataque pela substância, defende-se pela forma. Ao querer dizer que tudo está mal na forma pretende-se ignorar ou deixar de dar importância à substância.
Claro que este estratagema não é particularmente inteligente, é o usado por todos os criminosos que mataram alguém e acusam as forças da ordem de os terem arranhado na hora da captura. A televisão e outros meios de comunicação não lembram mais da vítima a quem o sangue já de nada serve e logo dão cobertura moral àqueles mostrengos de que mostram o olhar mais indignado a olhar para uma pinga de sangue próprio.
Hipocritamente a direita diz que tanto a C.M.V.M. como o Banco de Portugal já deveriam ter intervido há muito. Mas se tivessem dados para tal e o tivessem feito, tinha caído o Carmo e a Trindade. Alegariam que nenhum motivo teria sido suficiente para lançar abruptamente um banco em crise, denunciando toda a sua direcção. Afinal critica-se por actuar tarde, mas ao mesmo tempo vai-se criticando pela forma de actuar. Alega-se que haveriam sempre outras formas de intervir sem molestar as aparências.
A direita é a favor do segredo no negócio, em especial quando ele tresanda para a ilegalidade. Uns panos quentes também seriam o remédio que daria para abafar este caso. Os órgãos reguladores são afinal responsáveis por não terem resolvido a crise antes de ela transparecer para a opinião pública através de desavenças entre os administradores do Banco. A sua intervenção, desde que secreta, seria bem recebida, caso contrário nunca.
O Edifício caiu de podre, os seus próprios sustentáculos foram-no destruindo, escancararem ao público estupefacto um espectáculo miserável. Os nossos políticos e intelectuais, em vez de procurarem uma moral que não temos para aplicar ao negócio, acham que o assunto está bem entregue nas mãos da Opus Dei e da Maçonaria, que se encarregarão de o resolver.
Se esta organizações não têm gente capaz para resolver estes intrincados problemas da moral nos negócios ou da falta dela, quem mais o fará? Sem uma exemplar punição destes desavergonhados não mais haverá confiança na banca nacional. E o Estado tem que ter uma clara posição sobre a gestão dum negócio que só existe baseado na sua credibilidade. E deitar a mão à obra sem intermediários, cortando a direito, todos são suspeitos.
Claro que este estratagema não é particularmente inteligente, é o usado por todos os criminosos que mataram alguém e acusam as forças da ordem de os terem arranhado na hora da captura. A televisão e outros meios de comunicação não lembram mais da vítima a quem o sangue já de nada serve e logo dão cobertura moral àqueles mostrengos de que mostram o olhar mais indignado a olhar para uma pinga de sangue próprio.
Hipocritamente a direita diz que tanto a C.M.V.M. como o Banco de Portugal já deveriam ter intervido há muito. Mas se tivessem dados para tal e o tivessem feito, tinha caído o Carmo e a Trindade. Alegariam que nenhum motivo teria sido suficiente para lançar abruptamente um banco em crise, denunciando toda a sua direcção. Afinal critica-se por actuar tarde, mas ao mesmo tempo vai-se criticando pela forma de actuar. Alega-se que haveriam sempre outras formas de intervir sem molestar as aparências.
A direita é a favor do segredo no negócio, em especial quando ele tresanda para a ilegalidade. Uns panos quentes também seriam o remédio que daria para abafar este caso. Os órgãos reguladores são afinal responsáveis por não terem resolvido a crise antes de ela transparecer para a opinião pública através de desavenças entre os administradores do Banco. A sua intervenção, desde que secreta, seria bem recebida, caso contrário nunca.
O Edifício caiu de podre, os seus próprios sustentáculos foram-no destruindo, escancararem ao público estupefacto um espectáculo miserável. Os nossos políticos e intelectuais, em vez de procurarem uma moral que não temos para aplicar ao negócio, acham que o assunto está bem entregue nas mãos da Opus Dei e da Maçonaria, que se encarregarão de o resolver.
Se esta organizações não têm gente capaz para resolver estes intrincados problemas da moral nos negócios ou da falta dela, quem mais o fará? Sem uma exemplar punição destes desavergonhados não mais haverá confiança na banca nacional. E o Estado tem que ter uma clara posição sobre a gestão dum negócio que só existe baseado na sua credibilidade. E deitar a mão à obra sem intermediários, cortando a direito, todos são suspeitos.
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