18 janeiro 2008

Uma base europeia para um internacionalismo a caminho da paz

Na Europa germinaram ideias monstruosas, mas também ideias generosas. A diversidade de povos, a divergência de percursos, as dificuldades de organização da sociedade, a luta por recursos e por espaço levaram a centrar a orgânica social em núcleos de âmbito limitado a nível continental.
As tentativas de imperialização exacerbaram as diferenças e levaram aos nacionalismos que se foram apresentando como libertação e que acabaram triunfantes e a ser assumidos com uma naturalidade inesperada em tudo contrária à difusão de ideias benévolas e tolerantes.
As ideias mais retrógradas, egoístas e conflituosas associadas àqueles nacionalismos extremos deram lugar a catástrofes humanitárias e civilizacionais imensas. A afirmação própria sempre foi apresentada como derivando da necessidade de antecipação em relação à afirmação alheia e isto só por si permite que as pessoas pensem que tudo é permitido.
Só quando a barbárie foi levada ao seu extremo mais irracional os europeus, que genericamente não cultivavam ideias malévolas, se aperceberam que é necessário transcender a sua irracionalidade “impondo” aos povos uma colaboração vista como contra natura, isto é, na tentativa de alterar o material genético herdado e esquecer o trabalho em séculos de luta feroz.
Só assumindo este passado e consciencializando-nos dos malefícios do nacionalismos estamos em condições de aspirar à paz e ao progresso mais harmonioso. Só centrando a orgânica social num núcleo de base continental construiremos uma base consistente para a paz internacional.

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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana