19 janeiro 2008

O Oeste Europeu – Portugal no Centro da Europa

Esta ideia publicitária do Oeste Europeu é infeliz porque nos põe na margem, afinal no local em que nós nos sentimos em relação à Europa. Mesmo que pretenda remeter para uma simbologia americano do tipo “Costa Oeste”, terra do filme, da informática, de muitas outras manifestações de todo o género que estão na vanguarda das realizações e do pensamento, não se vê onde está a semelhança e onde pode conduzir tal pretensão.
Estando de facto na margem, estamos de certo modo marginalizados, não de facto, mas mais pelo nosso próprio preconceito. Nós da Europa conhecemos mais os Espanhóis, os Ingleses e os Franceses. Pode-se dizer que preenchem 90% dos nossos contactos, somando todos os tempos de aliança, de guerra, de intercâmbio de todos os tipos.
Dos restantes países ainda se poderia destacar a Holanda, a Itália, a Alemanha mas com significados, permanência e relações perfeitamente limitadas. Os outros estão no domínio do perfeitamente esporádico até há anos atrás. O que não quer dizer que nos sejam estranhos, antes pelo contrário, sempre nos preocupamos de longe com o que nesses países se passava.
A nossa ambição deve ser estar no cerne da Europa, participar com estes povos que conhecemos bem na criação de um espaço de paz. Agora que deixamos de desempatar na guerra entre eles, agora que a Alemanha enterrou a sua espada, contribuamos para nos unirmos mais, com justiça e igualdade.
A única maneira de não precisarmos da Inglaterra ou da França é termo-los como aliados comuns, participarmos no núcleo vital da Europa. Se solidificarmos as nossas relações e estabelecermos os laços da paz, esta também vai ser desejada pelo resto do mundo.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana