26 janeiro 2008

A culpa não é do vinho … é da inveja

Favaios, freguesia, Alijó, concelho, afinal duas aldeias altaneiras ao sol transmontano onde o moscatel é Rei, um branco licoroso usado como aperitivo mas que também pode ter benefício e virar Porto.
Numa aldeia das redondezas, Cotas, a uns cinco minutos de distância um homem caiu duma escada ou da varanda e um irmão presente telefone para o 112 tendo declarado a sua morte e solicitado a presença da G.N.R.
A operadora telefonou ao Bombeiros de Favaios com o objectivo de dar um apoio imediato. O único bombeiro presente após uma esquisita conversa acabou por declarar estar sozinho. A operadora telefonou em seguida aos Bombeiros de Alijó e a resposta foi igual. Mas este bombeiro lá telefonou a um colega para o ir ajudar. Por último haveria também de ir ao local da morte uma VMER de Vila Real
O bom vinho não justifica tudo e não lhe faço esta desfeita que eu gosto bem dele. A hora tardia, 11,30 teria sido quando o acidente se deu, e o sono também não justificam tanta confusão.
Se houvesse hipótese de salvar a vida do homem que terá caído da varanda decerto que o não recurso imediato à VMER redundaria em possível prejuízo. Mas a verdade é que os Bombeiros podem sempre dar uma ajuda porque se chegarem primeiro ao local, como podia ser o caso, tem mais meios para descrever a situação à VMER e começar a preparar o seu trabalho.
Duas aldeias, quase ridículas, de certo por causa de velhas vaidades, têm duas corporações de Bombeiros, e há muitas mais nas muitas aldeias mais pequenas ainda, que juntas não dão uma corporação em condições.
São estas invejas pequeninas que nos lixam e que uns pretensos moralistas da Capital não entendem. Enquanto se não acabarem com estas quintinhas cheias de reizinhos estamos perdidos.

1 comentário:

monteiro disse...

Concordo com a opinião, mas na verdade este assunto veio mostrar as debilidades do sistema de socorro existente no nosso país.
É verdade que não foi pedida uma ambulancia, mas sim a GNR, tambem ficou bem claro que o individo que liga para o 112, não estava interessado no socorro da vitima mas sim de poder tratar do funeral.
Tambem não foi esclarecida a forma como a gravação chega ao conhecimento da comunicação social.
Sem querer entrar em politicas, fiquei com ideia de que tudo não passa de uma operação montada para exigir a demissão do ministro da saúde, pedida pelo L.F.M. que agora dispõe de profissionais acessores para a comunicação.

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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