07 fevereiro 2007

Uma moratória contra o Sim

Andam aí na baila uns argumentos novos postos a circular por quem quer que o voto Não vença no próximo referendo sobre a I.(V.)G.. Baseiam-se eles na afirmação de que, votando Não os do Não garantem que vão propor uma moratória que relegará qualquer possível expiação do crime de aborto, previsto no actual Código Penal, para a eternidade.
José Sócrates reagiu bem, que nenhuma vírgula será alterada na lei actual na presente legislatura por força de um hipotético Não no referendo. É aliás o que a lei lhe impõe, se for rejeitada uma alteração despenalizadora da I.(V.)G..
Logo os maquiavélicos comandantes da legião do Não saíram à estrada a fazer-lhe as acusações mais mirabolantes. Esta gente entende-se bem com as leis mas não pode fazer dos outros idiotas.
Não lhes interessa a clareza, a plena assumpção de direitos e deveres de cidadania, antes a utilização de toda a espécie de artifícios para que tudo fique na mesma, que o aborto se continue a praticar a coberto dos olhares e das estatísticas oficiais, protegido pela economia paralela e pelos perdões de sacristia!
Querem ser eles a perdoar individualmente aquilo que a sociedade já perdoou há muito colectivamente.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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