22 fevereiro 2007

Bombeiros Sim, Políticos Bombeiros Não

É uma ideia generalizada que todo o dinheiro que puder ser gasto na saúde é bem gasto. Seja do nosso dinheiro, seja dinheiro do Estado, não se pode querer ficar com os anéis e deixar ir os dedos.
Mas ninguém gasta o dinheiro desabridamente, embora quando é o Estado a pagar muitas pessoas são gastadoras compulsivas. Sendo por um Estado organizado respeitando os ideais socialistas, entendo que ele deve fazer chegar às populações todos os benefícios possíveis, montando a estrutura necessária para que não haja desperdícios nem gastos abusivos.
Uma estrutura destas pode ser determinada usando um modelo matemático apropriado. E com certeza que o resultado só será um, diferente de quando se encomendam pareceres de direito a catedráticos de tendências diferentes.
Os nossos políticos no geral não têm noção daquilo que defendem. Acham-se dotados de alguns poderes que utilizam para seu próprio proveito e para dar seguimento a pedidos e solicitações dos cidadãos a quem querem agradar.
Na política propriamente, os nossos políticos acham que se fizerem um papel de bombeiros já fazem um bom papel. Se do contra e ali o governo diz mal vão lá e dizem bem ou se o governo diz bem vão lá e dizem mal. Claro que se são do pró fazem o mesmo que o governo. A não ser que sejam autarcas e por terem uma dupla legitimidade podem andar entre uma atitude e outra.Se o cidadão bombeiro tem alguma desculpa, o político bombeiro é no geral de uma indignidade confrangedora. Vive a exacerbar os ânimos para que ele próprio se mantenha na crista da onda. Convicções e discrição não são com ele. Um político sem convicções é um triste, um autarca sem convicções é um demagogo.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana