24 fevereiro 2007

Haverá não acontecimentos?

Quem não gosta de leis generosas? Leis e regulamentos pouco exigentes, que não especificam deveres tão só direitos? De preferência direitos à inacção, ao lugar, à posição, ao estar num sítio onde o direito conflui sem conflituar com o dever de estar?
Assim estive eu, em plena Assembleia Municipal de Ponte de Lima, que eu não recuso direitos e não renego deveres. Autorizar a Câmara Municipal a renunciar a uma tal taxa de conservação de colectores de esgotos comprazer-nos-ia se não houvesse contrapartidas, mas há.
Discutíveis de certo, mais racionais de certeza, universais um tanto. O tratamento de água, daquela que bebemos, daquela que conspurcamos e é necessário devolver ao ambiente, tem encargos. De certo conversa para uma outra ocasião, que na Assembleia então já só passará como recomendação.
Por agora ficam os não acontecimentos:
A crítica do Presidente da Assembleia ao jornal Alto Minho por este ter criticado livremente umas “queixinhas” e a referência que na sessão anterior um seu membro ligado à canoagem resolveu livremente fazer em relação à sua orientação editorial sobre o fenómeno desportivo.
A satisfação, o gozo com que o Presidente de Junta de Freguesia da Vila de Ponte de Lima se auto-elogiou, não deixando de elogiar também o Presidente da Câmara, não pelo que fizeram em conjunto mas pelo tempo, que já é muito, durante o qual ocupam em simultâneo os respectivos lugares. Ah! Ah! Ah!

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana