23 fevereiro 2007

Não faria mal um pouco de pimenta na … … … língua

No blog pouco socrático de Nuno Matos (Ver no final) diz-se que eu sei bem que Valença é melhor que Monção para instalar um S.U.B. (Serviço de Urgência Básica). Sendo esta uma maneira trivial de querer levar os outros ao engano digo-lhe já que não, não sei nada, não tenho a pretensão de saber coisa nenhuma.
Sei o que é ser solidário, o que é ser demagogo, essas trivialidades. Não quero uma medida para mim e outra para os outros. Mas a relatividade diz-me entre outras coisas que Valença é um terço de Ponte de Lima e que a minha foice tem o comprimento suficiente para lá chegar, que aquilo não é uma coutada.
Em termos de dinâmicas, a seguir uma dinâmica como a proposta, toda a periferia estaria desgraçada, tudo seria centralizado, tudo convergiria para um centro qualquer, em última instância para Lisboa, nunca se pensaria ter de vir de Lisboa ao Porto, daqui a Viana do Castelo e menos ainda daqui a Melgaço.
Depois é falsa a ideia de que Valença teria vantagens por ter a A3 à porta, local onde poderão ocorrer acidentes graves. É claro que hoje o primeiro apoio tem que ser prestado no local por uma VMER ou por outro veículo do INEM. Daí os acidentados seguirão logo que possível para o local apropriado para prestação de assistência que nunca será um SUB de Valença ou Monção.
Como pressuponho que o antagonista não é favorável a um SUB para cada autarca, senão estava no P.C.P., saberá que há um grupo de concelhos a cobrir num vale do Minho com uma grande extensão entre Castro Laboreiro e a Foz. Não fora Caminha e V. N. de Cerveira, numa lógica centralista, recorrerem preferencialmente a Viana e justificar-se-ia um SUB em V. N. de Cerveira.
Ora sobram Valença, Monção e Melgaço em relação aos quais Monção tem uma posição central, quase tanta população como Melgaço e Valença juntos e lá poderão ocorrer até pessoas da parte norte dos concelhos de Arcos de Valdevez e Paredes de Coura.Fora isto há um problema de atitude, estávamos habituados a resolver os problemas com peixeiradas e isso tem de acabar. Não há razão para dar o nó duma rede a quem mais alarido faz e mais puxa por ele. Já no caso das maternidades se viu que nem sempre a primeira impressão de quem não faz o estudo de redes é a mais correcta. Ver http://pontelima.blogspot.com/2007_02_01_archive.html

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana