02 fevereiro 2008

Uma Presidência tricéfala?

Nem sempre os Presidentes da República assumiram posições muito claras principalmente nos seus segundos mandatos. Tiveram aí uma maior intervenção e mais tendenciosa, mais em consonância com as suas próprias ideias, assumindo nítidas divergências com os executivos. No primeiro mandato foram mais passivos, mais envergonhados de apoiar ou desapoiar ou então mandando mensagens sub-reptícias, encapotadas.
Inesperadamente Cavaco Silva tem assumido neste seu primeiro mandato uma intervenção de que se não estaria à espera face às suas opiniões quando era Primeiro-Ministro. O certo é que a sua actividade tem sido no geral bem vista, dirão alguns porque o Governo está a pôr em prática uma política mais próxima da sua ideologia de direita.
Esta forma de participar activa e opinativamente tem surpreendido os candidatos derrotados Manuel Alegre e Mário Soares, notórios abencerragens que no seu papel de vigilantes se não querem deixar ultrapassar. Lançam acusações vagas, pretendem abafar o papel nefasto que o actual Presidente estará a exercer e que o Governo inflicta na sua política de rigor.
Não se cuidam de fazer coro com os maiores imbecis da direita canhestra. Se continuarem a preparar assim o descrédito e a desmoralização da governação de Sócrates, se elevarem os seus interesses egoístas acima do interesse nacional, como infelizmente ainda há quem os siga, vão contribuir para entregar o oiro ao bandido que aqui tem um nome bem conhecido: Meneses, um suicidário sem Norte nem Sul.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana