Em Portugal o ensino era um dos sectores que no 25 de Abril se encontrava em situação claramente mais desfavorável do que na Europa desenvolvida. Se houve um aumento quantitativo dos alunos e dos anos da sua escolaridade, a verdade é que no ponto de vista qualitativo nunca houve a definição de um ponto de referência nem qualquer significativo aumento qualitativo.
Após uma clara degradação inicial tudo que viesse foi entendido como ganho, sem nunca se ter avançado deveras. À medida que foram definidos novos patamares de escolaridade obrigatória, foram-se baixando os níveis de exigência. Os que clamaram por uma melhoria do ensino só se preocuparam na realidade com as suas condições remuneratórias.
O aparelho de ensino, a todos os níveis, desde os órgãos de planificação do Ministério aos órgãos de gestão das escolas, foram tomadas por uma pretensa vanguarda defensora das suas prerrogativas e que tudo fez para sabotar sub-repticiamente, ou quando necessário mesmo às claras, as ténues mudanças que os sucessivos Ministros tentaram implementar.
Os sindicatos não podem impor qualquer política educativa porque são uma só das partes e tão só funcional deste problema. A economia não pode contribuir tão só para o sistema de ensino e prescindir de ter algo a ver com ele. Aqueles que vivem do sistema não o podem gerir a seu belo prazer. Em todos os outros serviços da função pública isso é tido em conta e o ensino não pode ser diferente.
Para que o ensino tenha uma melhoria a nível global estas reformas ainda estarão longe de chegar. Mas sem um corpo lectivo disciplinado, organizado, obediente em relação ao princípio da responsabilidade política, que não fira os seus valores morais, sem uma máquina administrativa e lectiva bem preparada não há governo, nem vontade que resista.
O que sindicatos e PSD querem fazer em conjunto é uma sabotagem permanente. Àquele ar com que olham uns para os outros seguir-se-á um beijo ou uma mordidela de víbora?
Após uma clara degradação inicial tudo que viesse foi entendido como ganho, sem nunca se ter avançado deveras. À medida que foram definidos novos patamares de escolaridade obrigatória, foram-se baixando os níveis de exigência. Os que clamaram por uma melhoria do ensino só se preocuparam na realidade com as suas condições remuneratórias.
O aparelho de ensino, a todos os níveis, desde os órgãos de planificação do Ministério aos órgãos de gestão das escolas, foram tomadas por uma pretensa vanguarda defensora das suas prerrogativas e que tudo fez para sabotar sub-repticiamente, ou quando necessário mesmo às claras, as ténues mudanças que os sucessivos Ministros tentaram implementar.
Os sindicatos não podem impor qualquer política educativa porque são uma só das partes e tão só funcional deste problema. A economia não pode contribuir tão só para o sistema de ensino e prescindir de ter algo a ver com ele. Aqueles que vivem do sistema não o podem gerir a seu belo prazer. Em todos os outros serviços da função pública isso é tido em conta e o ensino não pode ser diferente.
Para que o ensino tenha uma melhoria a nível global estas reformas ainda estarão longe de chegar. Mas sem um corpo lectivo disciplinado, organizado, obediente em relação ao princípio da responsabilidade política, que não fira os seus valores morais, sem uma máquina administrativa e lectiva bem preparada não há governo, nem vontade que resista.
O que sindicatos e PSD querem fazer em conjunto é uma sabotagem permanente. Àquele ar com que olham uns para os outros seguir-se-á um beijo ou uma mordidela de víbora?
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