A simbologia é a criação distintiva do homem em relação a outros seres. Mesmo quando tentamos contactar com o corpo ou o rosto partimos do princípio de que ele simboliza algo ou um conjunto de “algos” que podem ser ideias, impressões, sentimentos, etc., etc.
No actual estado da civilização a ideia de dor é de tal maneira repudiada que, muito para além de não a queremos ver em prática, ainda renegamos tudo aquilo que a possa transmitir. Um símbolo de dor é já a dor, como que nos habitua a algo que queremos ver bem longe de nós.
O Campeonato Africano de Futebol que se está a desenrolar no Ghana, como todas as manifestações deste género, tem a intenção de nos transmitir alegria. Compreende-se que assim seja, mas não nos podemos esquecer que a dor anda muitíssimo perto.
E no entanto nada de significativo é feito para acabar com a dor que dilacera África. Parece que temos a noção que os africanos são insensíveis à dor e como tal não dignos de comiseração. Portugal tratou-os assim nas colónias, mas eles trataram-se pior quando de lá saímos.
Os símbolos de dor vindos de África, fossem crianças, mulheres ou velhos sofrendo, tiveram o seu tempo e aparentemente tiveram efeito na altura. No entanto já não saem do domínio das trivialidades.
Que será necessário fazer, que símbolo havemos de inventar, para que África seja vista na plena dimensão do seu drama civilizacional em que a doença, a guerra, a fome deixem de ser olhadas como seus males normais?
No actual estado da civilização a ideia de dor é de tal maneira repudiada que, muito para além de não a queremos ver em prática, ainda renegamos tudo aquilo que a possa transmitir. Um símbolo de dor é já a dor, como que nos habitua a algo que queremos ver bem longe de nós.
O Campeonato Africano de Futebol que se está a desenrolar no Ghana, como todas as manifestações deste género, tem a intenção de nos transmitir alegria. Compreende-se que assim seja, mas não nos podemos esquecer que a dor anda muitíssimo perto.
E no entanto nada de significativo é feito para acabar com a dor que dilacera África. Parece que temos a noção que os africanos são insensíveis à dor e como tal não dignos de comiseração. Portugal tratou-os assim nas colónias, mas eles trataram-se pior quando de lá saímos.
Os símbolos de dor vindos de África, fossem crianças, mulheres ou velhos sofrendo, tiveram o seu tempo e aparentemente tiveram efeito na altura. No entanto já não saem do domínio das trivialidades.
Que será necessário fazer, que símbolo havemos de inventar, para que África seja vista na plena dimensão do seu drama civilizacional em que a doença, a guerra, a fome deixem de ser olhadas como seus males normais?
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