18 fevereiro 2008

9 - Que política para Ponte de Lima?

Quanto mais desenvolvida economicamente é uma sociedade maior é o valor atribuído a um serviço. A matéria-prima, os utensílios utilizados, mesmo sendo muito semelhantes podem dar origem a um produto que é fornecido a um preço muito diferente. Isto não se passa na indústria, passa-se um pouco no comércio e mais no serviço de hotelaria. Quando maior a componente de trabalho humano e de disponibilidade de serviço houver mais caro este é.
Se verificarmos que o preço de um café pode quadruplicar em estabelecimentos do mesmo nível de exigência em diferentes países e mesmo duplicar dentro de um país como o nosso em estabelecimentos similares, concluiremos que é o nível geral da economia no território circundante que influencia estes termos de troca.
Quando se investe em serviços é nos meios mais desenvolvidos que isso se faz. Os craques da bola investem hoje muito em restaurantes mas não os vêm construir a Ponte de Lima. No entanto em Ponte de Lima é necessário que se coma e por isso têm que ser os autóctones a investir nesse sector, mesmo aceitando rendimentos mais reduzidos de que outros, aqueles que o podem fazer nas grandes cidades com a expectativa de ganhar mais.
Se já ouve um tempo em que havia procura de Ponte de Lima para investir em novos serviços a verdade é que hoje se verifica um retrocesso evidente. Algumas empresas fecharam as suas delegações cá. Outros retraíram-se. Perante outras hipóteses em cidades mais dinâmicas e em que o serviço tem outro valor esses investidores deixaram de pensar em para cá vir.
Vamos continuar a ter maus serviços porque, a não ser o sector bancário, ninguém mais vem para cá investir. E vamos continuar a ser economicamente deprimidos.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana