04 fevereiro 2008

Meneses, um homem com carisma?

O Carisma é aquilo que nós conhecemos pelos efeitos mas estamos longe de conhecer pela substância. Se não fora assim nós talvez pudéssemos ir buscar um pouco de carisma mas nos ajudar a triunfar.
O carisma não é só apanágio de religiosos e políticos e alguma dose se destinará a outras pessoas que assim podem ocupar diferentes lugares de referência. Muitas pessoas identificam os males do actual estado da civilização somente pela ausência de carisma naqueles que são essas referências.
Em particular na política às pessoas agradava-lhes que os líderes fossem pessoas com carisma. Além de formalmente se mostrarem democráticas, as pessoas como que se desculpabilizariam mais facilmente do que se tivessem que estar a explicar outros critérios que utilizassem nas suas escolhas.
A nossa política anda sempre à volta desta incógnita de quem é o dirigente mais carismático. Os activistas são aqueles que procuram ganhar adesões para o seu lado. Mas a nossa política faz-se maioritariamente pela negativa e assim os melhores são aqueles que mais conseguem roubar apoios aos seus adversários.
Na nossa política do contra há que destruir tudo que possa contribuir para a credibilidade do inimigo. Não interessa sequer ter-se um carisma evidente, espera-se que a sorte o traga e faz-se com que os outros o percam. Qualquer Meneses se pode lançar a esta tarefa indigna de não ser mais do que um aprendiz de feiticeiro na criação do carisma que lhe falta e na tentativa de destruição do que a Sócrates sobeja.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana