17 fevereiro 2008

8 - Que política para Ponte de Lima?

O sucesso das pessoas na sua vida depende de muitos factores e há muitos analfabetos que conseguiram reunir um grande património. Na construção civil, nos transportes, no comércio, na restauração, numa incipiente indústria se conseguem criar grupos económicos a partir de uma base em que a instrução não foi o factor determinante.
Hoje porém acredita-se menos nestes milagres e é cada vez mais difícil ultrapassar certas barreiras que se colocam no acesso a certas profissões e actividades. Se é certo que dinheiro chama dinheiro, não há dúvida que, se não houver know-how, se terão que encontrar os colaboradores certos para vingar na maioria das actividades que possam trazer lucros.
Hoje o valor de uma pessoa no mundo da economia mede-se pelo valor que através da sua actividade ou conhecimento é capaz de acrescentar ao objecto do seu trabalho. Se uma pessoa aprendeu, seja onde for, na escola ou na vida, a como tornar mais valiosa a mercadoria que lhe é entregue, merece e normalmente é melhor remunerada.
A tão fraca mais valia acrescentada em Ponte de Lima às mercadorias que por cá transitam ou se fazem deve-se muito à fraca habilitação da sua população. Não que uma malga de marmelada feita por uma doutora valha mais do que uma outra feita por uma campesina, mas sim se aquela conseguir dar-lhe uma pureza superior, o que em teoria estará ao seu alcance.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana