15 fevereiro 2008

6 - Que política para Ponte de Lima?

Hoje Ponte de Lima é um concelho atravessado por boas vias de comunicação percorridas por centenas de meios de transporte, o que falseia um pouco a sua real actividade. Já se passa nos outros meios de transporte aquilo que vai ser mais evidente com o TGV: Vamos ficar a ver passar os comboios. Até os aviões para e de Pedras Rubras nos gostam de sobrevoar.
Teoricamente a nossa situação é privilegiada e na prática sê-lo-ia, não fora tudo ter o seu momento para ser aproveitado e isso não foi feito. Um porto de mar a vinte quilómetros, duas fronteiras a trinta e quarenta quilómetros, uma cidade mais poderosa a outros trinta quilómetros. No centro Ponte de Lima cujo papel deveria ter sido aproveitar esta situação e não se deixar absorver pela força atractiva desses pólos de desenvolvimento.
Haverá os seus culpados para que as coisas corressem como, no nosso tradicional pessimismo, sempre esperamos que viesse a ser. A inexistência de forças económicas poderosas, que não na área da especulação fundiária, impediu iniciativas que poderiam ter dado a Ponte de Lima uma centralidade decisiva nas áreas de serviços, de abastecimentos, de pequena produção.
As forças políticas, particularmente as que têm exercido o poder em Ponte de Lima, têm sido no geral favoráveis àquelas forças económicas que vivem da especulação fundiária, e isso também têm constituído um factor negativo na instalação doutras actividades, têm sido um entrave ao desenvolvimento.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana