19 fevereiro 2008

10 - Que política para Ponte de Lima?

O sector bancário é indispensável em qualquer economia de mercado em que a acumulação de dinheiro é exigida pelo nível de investimentos que se impõem. O sector bancário é indispensável em qualquer economia de mercado em que a intermediação entre depositantes e investidores tem que ser segura.
Mas o sector bancário, quando desregrado, é um sector rapinante, que quer absorver todas as economias particulares, extrair lucros de todos os empréstimos que se realizem, controlar toda a massa monetária. Da maneira como está representado em Ponte de Lima o sector bancário dá-nos um espectáculo deprimente de vermos um ricaço em cima de um desgraçado tirando-lhe da carteira os últimos tostões.
O sector bancário não investe em Ponte de Lima e não dá condições especiais a quem cá quer investir. A depressão que tomou conta da economia limiana só tem como justificação a sangria dos seus recursos que é feita pelos bancos, pelas distribuidoras de bens, pelos fornecedores de materiais e serviços.
Em Ponte de Lima só resta o rendimento mínimo, seja sob a forma de juros mínimos, empregos mínimos, margens de lucro mínimas, exportação de mão-de-obra de habilitação mínima. Só falta falar da política mínima.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana