12 fevereiro 2008

3 - Que política para Ponte de Lima?

A base da economia concelhia foi durante séculos a agricultura. Embora fosse uma agricultura de subsistência, que nunca assumiu um aspecto mercantil significativo, devido à pequena dimensão da propriedade, conseguia satisfazer as necessidades primárias de uma população pouco ambiciosa.
Sempre houve aquele tipo de actividades complementares como a moagem, lagares de azeite, alambiques, serrações, carpintarias, tanoarias, ferrarias, sapatarias, costurarias, alfaiatarias, construção civil e principalmente na sede do concelho havia comércio de tudo um pouco.
Embora estas actividades ocupassem muita gente nem sempre constituíam por si só a ocupação única das pessoas, que por vezes se dividiam sazonalmente ou mesmo no dia a dia por mais do que uma. Mesmo os empregados do Estado procuravam complementar os seus rendimentos.
A emigração sempre foi o escape maior para os momentos de crise. Na década de sessenta atingiu tal dimensão que passou a desempenhar um papel dinamizador mas sem que chegasse a impulsionar outras actividades, como seria desejável. Durante muito tempo os emigrantes ainda sonhavam voltar a ser lavradores, a dedicarem-se a um pequeno ofício ou comércio.
A evolução, a integração em espaços económicos mais vastos levaram à deterioração desta certa harmonia, à destruição dos pequenos misteres, sem que aqui se criassem alternativas significativas. O poder político limitou-se a consagrar o passado como se mesmo esse conseguisse ser mantido.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana