13 abril 2008

Menos moralidade precisa-se!

As instituições privadas que albergam jovens são atacadas, como o são os funcionários públicos que desempenham as mesmas missões. A discussão de qual a solução mais barata para o erário público é velha e não é fácil de ser abordada em todas as suas implicações. Deixemo-la por agora.
Se porém o Estado transfere a sua responsabilidade no crescimento ou mesmo na recuperação dos jovens que, por um motivo ou outro, não podem viver em ambiente familiar, convirá saber se coloca todas as suas disponibilidades ao dispor dos privados para que eles não falhem na sua missão. Se tal se verifica, convirá saber se são bem aplicadas.
Facilmente podemos partir do princípio que o Estado não dá dinheiro a mais. Todos dizemos que o Estado dá pouco e muitos prometem mais, mas todos estamos obrigados a sermos rigorosos. Se os privados aceitam o encargo, têm que o cumprir em todas as suas implicações e deixar de se desculpabilizarem pela exiguidade de verbas.
A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima está a falhar no cumprimento das suas obrigações, isto parece evidente, mas a solução preconizada por Daniel Campelo, Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, não é de modo algum legítima. Parece-me que, garantida a boa aplicação dos dinheiros do Estado Central, lhe não ficaria mal ajudar naquela missão espinhosa.
Quanto às palavras de Abel Batista, Presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, revelam um bom discípulo de Paulo Portas na utilização da moralidade como arma política. Mas num político nós nunca sabemos a verdadeira ideia de fundo sobre uma questão. De qualquer maneira não creio que a ideia de Campelo seja queimar estas crianças, embora saibamos que à esquerda e à direita há pessoas que pensam assim.

1 comentário:

Jonas disse...
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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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