20 abril 2008

Em estado de nojo por entre armadinhas e novelos

O homem está em estado de nojo. Vai estar vigilante, não vai andar por aí, mas sim vai estar aí mesmo. E tanto é verdade que já veio dizer: Vai ganhar quem ele apoiar, e quem ele apoiar não vai ser mais do que uma segunda escolha. Isto é, a primeira escolha só pode ser ele.
Filipe Meneses quer ser o pai e colocar na liderança alguém que seja um pau mandado. Normalmente estas coisas são ao contrário. Alguém que marcou um regime e por qualquer impossibilidade delega noutro uma liderança temporária. Mas este Filipe não tem uma herança para deixar, não tem nem um conjunto de ideias, uma ideologia, nem um conjunto de práticas com aplicação comprovada, uma política.
Filipe Meneses quer que alguém faça aquilo que ele não conseguiu fazer, sem que se saiba propriamente o quê. Quem será que se sujeitará a esse papel de ser um joguete na mão de alguém tão inconstante como ele? Ou o seu propósito será mesmo o de que não apareça ninguém que lhe queira agarrar o facho e ele possa ressurgir como a única solução?
O futuro do PSD está cheio de armadilhas destas. Todos se julgam senhores de uma coutada qualquer, mas este agora ultrapassa tudo e julga-se senhor quase do reino. Filipe convence-se que tem as bases na sua mão, isto é, os autarcas. Para isso já lhes deu uns rebuçados, negou-se a apoiar a Lei Eleitoral que o PSD tinha apoiado. Filipe apoia-se na parte mais desregrada, desordenada, empírica e porque não corrupta da política.
Mas além das armadilhas, o PSD está cheio de novelos. O mais famoso é o Santana Lopes/Filipe Meneses. Mas também nesta caso o Filipe parece querer ganhar ascendente, retirando a Santana o seu próprio espaço de manobra. Até que ponto este se conformará a ser aguadeiro de quem é manifestamente mais fraco do que ele mesmo?

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana