03 abril 2008

Menos desfaçatez precisa-se!

Mais um paraquedista da área social-democrata chamado António Borges quer assentar arraiais no terreno político. Despedido do banco estrangeiro em que era quadro destacado quer desculpabilizar-se com tudo o que sejam desculpas de mau pagador. Para assinalar a sua entrada resolveu deitar antecipadamente uma bomba para causar o devido efeito. Não há nada como atacar o governo pensou.
O problema é que o governo que tinha rejeitado o seu trabalho até foi o do seu partido, no seguimento da rejeição por parte da Comunidade Europeia do mesmo trabalho. Na verdade o seu destempero foi tal que até o próprio ministro da economia não respondeu devidamente quando foi confrontado com a sua falsidade de que tinha sido prejudicado por este governo.
Calhou de o acto final do seu trabalho para o governo ter decorrido depois do congresso do PSD para este atrevido e descarado querer que as pessoas concluam que foi penalizado pelas suas declarações aí proferidas de que estava pronto para enfrentar o governo. A verdade é que um contrato que só trazia prejuízo para o Estado tinha que acabar em qualquer altura e só não acabou antes porque o ministro PSD disse não querer tomar essa atitude quando o seu mandato já tinha os dias contados.
Quando tudo parece ser possível uma afirmação destas não pode ser tomada como um lapso, um erro de cálculo, mas é claramente intencional, visa desacreditar os outros, quando quem a faz se coloca afinal numa posição tão vulnerável que o melhor será procurar melhor emprego. Tanto cinismo, tanta desfaçatez não têm lugar na política.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana