29 abril 2008

A última oportunidade para o PSD, tal como existe, dizer que Estado quer

É natural que um certo frenesim venha a tomar conta da campanha eleitoral de alguns concorrentes à liderança do PSD. No entanto para já existe uma estranha calma, quase só perturbado por uma espécie de ressonar vindo do lado de lá da Madeira. È um ressonar nervoso, não vá o homem sofrer algum ataque cardíaco. Nós queremo-lo vivo.
No fundo, como ninguém quer romper com uma prática, como não há para aí tantas ideias como seria desejável, o melhor era o João avançar, teríamos talvez algo a ganhar em o ver ao leme deste País, pelo menos virtualmente, para avaliar os seus méritos e afinal a têmpera do País, se este se deixa manipular por alguém com as suas características.
Manifestar medo em relação a este demagogo é não acreditar em nós mesmos para desmascarar a sua pouca consistência e na melhor das hipóteses para ele na capacidade das restantes instituições para controlar as suas tentativas de subversão do regime.
A manterem-se as coisas como estão, arriscamo-nos a ver os mais aguerridos a reservarem-se para outra ocasião e a preferirem o discurso delicodoce do Passos Coelho para ultrapassarem esta fase mais complicada. Por este andar só nos vamos limitar a ver um pouco já fora do contexto a discussão que Santana Lopes e Ferreira Leite desejaram ter em meados de 2004 sem que essa oportunidade se apresentasse.
Será que Sócrates nada fez entretanto? Sem dúvida que lhes amaciou o caminho, clarificou a situação financeira do Estado, definiu melhor as funções do Estado, reduziu os poderes cooperativos, tornou mais claro o papel dos lobbies. Sócrates não quebrou espinhas, não anulou todas as prepotências existentes na nossa sociedade mas retirou obstáculos a uma reestruturação do Estado. Seria interessante saber o que estes dois propõem.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana