Há muito que se criou em Portugal a ideia de que o problema não reside nos actos que se praticam mas na comunicação que deles se faz. O governo tem obrigação de comunicar a sua acção de forma perceptível pelos cidadãos, simplesmente isso é levado muitas vezes ao nível do artifício para fazer passar por bom o que é mau. E até às vezes é.
De qualquer modo os meios de comunicação dos dias de hoje não são permeáveis a mensagens lineares e todo o comunicador tem que estar preparado para as fazer passar através das subtilezas da actuação daqueles meios. Não é só o problema de estes terem proprietários com objectivos próprios, terem ideias e interesses a defender mas também porque há uma forma ligeira de abordar os assuntos que valoriza o imediatismo.
O imediatismo consiste não só em ver o efeito a curto prazo mas na escolha prévia da tese que se quer provar, como se todas as acções tivessem que ter o mesmo efeito, independentemente dos seus objectivos e do plano em que se inserem. O trabalho de enquadrar qualquer acção num domínio mais vasto é das coisas mais difíceis de fazer porque exige tempo e estudo de modo a conseguir simplificar o resultado numa mensagem curta e incisiva.
Explicações muito complexas não têm aceitação na comunicação social, só raramente os seus meios dão o tempo e o espaço suficientes para que elas sejam dadas. A importância dada à comunicação deriva muito do facto de hoje não ser possível levar a discussão dos assuntos até à exaustão, de a razão nunca ser atribuída de modo absoluto a alguém.
Vamos lá, que já outra notícia vem aí e quem lê já sabe do que está à espera. Então, sinceramente, não vale a pena ler. É o que eu faço com muito blog, muito jornal, muito livro, muita rádio, muita televisão com pena de perder alguma prosa ajeitada. De alguma nova qualidade estamos nós precisados para saber escolher sem “ver”. Chamemos-lhe perspicácia, à falta de melhor.
De qualquer modo os meios de comunicação dos dias de hoje não são permeáveis a mensagens lineares e todo o comunicador tem que estar preparado para as fazer passar através das subtilezas da actuação daqueles meios. Não é só o problema de estes terem proprietários com objectivos próprios, terem ideias e interesses a defender mas também porque há uma forma ligeira de abordar os assuntos que valoriza o imediatismo.
O imediatismo consiste não só em ver o efeito a curto prazo mas na escolha prévia da tese que se quer provar, como se todas as acções tivessem que ter o mesmo efeito, independentemente dos seus objectivos e do plano em que se inserem. O trabalho de enquadrar qualquer acção num domínio mais vasto é das coisas mais difíceis de fazer porque exige tempo e estudo de modo a conseguir simplificar o resultado numa mensagem curta e incisiva.
Explicações muito complexas não têm aceitação na comunicação social, só raramente os seus meios dão o tempo e o espaço suficientes para que elas sejam dadas. A importância dada à comunicação deriva muito do facto de hoje não ser possível levar a discussão dos assuntos até à exaustão, de a razão nunca ser atribuída de modo absoluto a alguém.
Vamos lá, que já outra notícia vem aí e quem lê já sabe do que está à espera. Então, sinceramente, não vale a pena ler. É o que eu faço com muito blog, muito jornal, muito livro, muita rádio, muita televisão com pena de perder alguma prosa ajeitada. De alguma nova qualidade estamos nós precisados para saber escolher sem “ver”. Chamemos-lhe perspicácia, à falta de melhor.
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