Se os políticos se fizessem com um método de ensino, com uma forma, qual bolo metido ao forno, estávamos arranjados. A monarquia não foi mais do que a tentativa de formar uma classe dirigente a partir de um grupo de pessoas que faziam parte de uma raça vencedora. As várias monarquias convergem todas nos métodos, a sua miscigenação é uma consequência desse facto.
A república é esta situação em que as contingências da sorte, convergindo com a contingência de outros factores mais ou menos aleatórios, determinam que qualquer um pode ambicionar ser político, isto é chegar a dar orientações políticas ou a ocupar cargos por mandato político. As contingências não são defeitos mas chamo-lhes assim por que influenciaram de modo diverso conforme o tempo e o lugar em que cada um vive.
O único defeito da república é a dificuldade de destituição de alguém que, colocado numa posição de influência, a usa de modo menos próprio para reforçar a sua posição pessoal. Há sempre quem queira utilizar a posição adquirida para fins menos lícitos e há sempre quem queira puxar para a defesa dos seus interesses quem em princípio não está comprometido a isso.
Já que não há maneira de, quando se escolhe um político para determinado cargo, lhe definir todos os passos que ele deve dar, há que escolher em que sentido e com que amplitude ele pode legitimamente variar nas suas posições. Ou é a base social que deve ser mais respeitada ou são eventuais compromissos que devem ser mantidos mesmo que a prejudiquem.
A república é esta situação em que as contingências da sorte, convergindo com a contingência de outros factores mais ou menos aleatórios, determinam que qualquer um pode ambicionar ser político, isto é chegar a dar orientações políticas ou a ocupar cargos por mandato político. As contingências não são defeitos mas chamo-lhes assim por que influenciaram de modo diverso conforme o tempo e o lugar em que cada um vive.
O único defeito da república é a dificuldade de destituição de alguém que, colocado numa posição de influência, a usa de modo menos próprio para reforçar a sua posição pessoal. Há sempre quem queira utilizar a posição adquirida para fins menos lícitos e há sempre quem queira puxar para a defesa dos seus interesses quem em princípio não está comprometido a isso.
Já que não há maneira de, quando se escolhe um político para determinado cargo, lhe definir todos os passos que ele deve dar, há que escolher em que sentido e com que amplitude ele pode legitimamente variar nas suas posições. Ou é a base social que deve ser mais respeitada ou são eventuais compromissos que devem ser mantidos mesmo que a prejudiquem.
É evidente que os compromissos envolvem factores muitas vezes imponderáveis pelo que o político deve respeitar a sua base social de apoio e responder periodicamente perante ela. Entretanto deve ter as mãos relativamente livres e agir segundo as suas convicções e pelas conclusões que vai extraindo do efeito da sua acção.
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