09 março 2008

A política é feita também de afectos

A política é feita de afectos, de causas e das pessoas que na nossa opinião as corporizam e estamos prontos a defender. Tudo isto deve ser obtido no fim de um processo de observação e análise a que devemos submeter a realidade. Mas estamos sempre em confronto com pessoas que não se dão a esse trabalho ou só se preocupam em obter argumentos a favor das suas ideias já pré-definidas. O diálogo torna-se difícil.
Pior ainda quando estão em causa posições de poder. Aí poderá haver negociação e se todos apelam ao diálogo é evidente que se não querem ficar por aí. Daí não ser correcto acusar alguém de falta de diálogo quando é justo termos objectivos de convencer ou forçar alguém a ceder em algum aspecto.
Por isso nós podemos dialogar e fazê-lo com base apenas nas nossas ideias ou sem estarmos a negociar pensarmos naquilo que faríamos se detivéssemos algum poder. A análise do percurso político que desejamos para o País, das ideias que vistas de um ponto de vista abstracto estamos decididos a defender ou daquelas que vistas de um ponto de vista concreto verificamos ser possível implementar no País determinarão o nosso posicionamento.
De qualquer modo quando há empenho intelectual nosso, quando verificamos que as resistências dos outros também são de natureza afectiva é perfeitamente legítimo e claramente responsável que nos empenhemos de um modo afectivo na defesa das nossas convicções.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana