26 março 2008

Mais paciência precisa-se!

Na Assembleia da Republica os partidos tem a possibilidade do agendamento potestativo mas na agenda mediática não o tem. Há muita coisa que se escreve, que se diz, que nisto há que preencher jornais e também há que bulir um bocado, dar umas voltas nem que seja pelos mesmos restaurantes, que as fêveras e sardinhas só lá mais para a frente virão, para que haja umas imagens decorativas, mas cujo sumo depressa se esvai.
Na impossibilidade de imporem o que lhes apetece, os líderes políticos tem a necessidade de fazer uma aposta acertada no assunto que vai perdurar. Não é só deles que depende o efectivo agendamento. Por isso a paciência tem que ser uma qualidade que os líderes tenham também. A escolha do momento próprio para introduzir um assunto na agenda é um mérito do político.
O Filipe Meneses anda para aí a dar fogo cruzado, desgarrado, suicida. Mas quem sabe, sabe e o maestro Marcelo já está a dar-lhe uma ajuda, vamos lá a ver se com umas lições isto vai! A desvalorização que este mago da comunicação vem fazendo das intervenções de Meneses e a sua valorização nas áreas que ele sabe serem importantes para a agenda mediática é um apoio que Meneses daqui a uns tempos há-de agradecer.
Meneses vai ter nos próximos tempos uma paciência que não lhe conhecíamos, mas nem esperamos que ele seja capaz de a manter por muito tempo. Transformar Meneses num líder capaz, democrático, higiénico será tarefa para o professor Marcelo se este se convencer que ele próprio nunca chegará a primeiro-ministro, mas é capaz de abrir o caminho a terceira pessoa.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana