17 março 2008

Menos arrogância precisa-se!

A oposição desunha-se a procurar uma qualquer característica pessoal que possa atribuir a José Sócrates para o desacreditar. Vasculharam o seu passado, demasiado trivial para que tenha qualquer efeito a sua utilização como arma de arremesso. Acabaram por ficar pela arrogância, uma postura que na opinião dos seus críticos terá para com o povo miúdo, mas que a realidade manifestamente nega.
Era o que faltava querer que o primeiro-ministro fosse uma pessoa subserviente para quem quer que seja. As decisões do governo são quase sempre lesivas dos interesses de alguém sem que muitas vezes se não veja quem vai ganhar com isso. Quer dizer que este governo encontra sempre mais gente contra várias da suas medidas concretas do que quem as apoie.
Isso passa-se um pouco com todos os governos. Mas quando um governo como este procura conciliar os interesses do desenvolvimento nacional com o apoio aos menos favorecidos nem sempre obtém um apoio claro destes, até porque estes entendem normalmente que esse apoio ainda lhes não chega mas também não se ouvem porque não têm palco e visibilidade suficiente.
As decisões que um governo toma são a diferentes níveis e sofrem variadas contestações, são mais ou menos apuradas e quem as põem em causa sustenta mais ou menos as suas razões. O que não se pode dizer é que a dose de capricho que possa haver numa tomada de decisão se agravou com este governo, antes pelo contrário.
Quem necessita de ser menos arrogante é a oposição e particularmente certas das suas personagens, até porque a arrogância é um sentimento de carácter pessoal, que só por liberalismo de linguagem estamos a aceitar que se aplique a um governante, enquanto tal. Quem será mais arrogante que Paulo Portas? Quem o quererá mais ser que Filipe Meneses?

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana