12 março 2008

O veneno começa a aparecer à luz do dia

A malta bem-pensante do PSD deixou que Meneses se engalfinhasse em Mendes e tal como dois meninos truculentos chamaram todas as atenções sobre si. No fim da briga o que perdeu fugiu, o outro ficou dono do palco.
Estava visto que, se esses bem-pensantes gostavam pouco de Mendes, demasiado envolvido na baixa política, gostavam ainda menos deste febril navegante que quer recriar os tempos de indefinição em que surgiu a figura de Sá Carneiro a tentar dar um rumo ao partido e ao País.
Mas como é possível esta gente ter sido assim apanhada se não há nisto surpresa? Por comodismo, porque ninguém com valor está para se sujar na praça pública perante políticos deste cariz?
Este novo homem do leme começa a criar os primeiros enjoos mas a sua estratégia é premeditada. Quem se não sentiu bem pode já saltar do barco. O facto de a realidade ser diferente da dos finais dos anos setenta não o preocupa minimamente porque Meneses se convenceu, como médico já desclassificado, que, havendo os mesmos sintomas se deve aplicar o mesmo tratamento adoptado noutro tempo. Tanto evoluiu a medicina para nada.
Os apoiantes de Mendes estão órfãos, como órfãos ficaram os que apoiaram os dirigentes anteriores a Sá Carneiro. Os bem-pensantes são agora convidados por Meneses para tirarem da brasa a sua sardinha enquanto vão a tempo. Não duvido que alguns vão provar do veneno.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana