13 março 2008

As reservas do PSD já bolem

Está visto que a malta bem-pensante do PSD está bem colocada na vida e não está para se preocupar em demasia com a vida política, mesmo que dela dependam alguns dos seus tachos. Pensarão que já tiveram o seu tempo, que agora é ocasião para nova gente.
Esta questão podia ser vista sob dois aspectos, um positivo pois era bom que os velhos não ficassem toda a vida a entupir o acesso dos novos à ribalta, outro negativo porque um acesso desregrado provoca distúrbios e dá um espectáculo triste de uma multidão ululante à procura de tacho.
E isto perturba a malta bem-pensante do PSD, mesmo que a tal multidão ululante se resuma afinal a uma direcção tão truculenta que faz barulho por milhares. O problema é que esta nova gente está cheia de velhas manhas e vejam lá que já foi buscar a Salazar aquela velha fórmula de despedir o pessoal. Só querem o palco para si.
Eles querem criar um cenário em que tudo seja novo e eles sejam os maestros que possam experimentar todos os instrumentos e sons. Os outros são espectadores e esporadicamente serão chamados ao palco para compor o cenário. Até nova ordem têm que se manter calados porque todo o ruído é maléfico.
É necessário dar a ideia do seu interesse pela política e que ele assenta numa paixão desinteressada pela coisa pública. Mas eles têm que ter um tempo para pôr ordem na sua cabeça antes que pretendam pôr a ordem na cabeça dos outros.
A malta bem-pensante do PSD bem fala, mas é porque está esquecida das armas do jogo sujo, da chantagem emocional, da utilização dos sentimentos primários de pertença e de partilha. Esta nova malta está mesmo decidida a remexer no baú da história, a desenterrar sentimentos e fantasmas e a pôr toda esta gente a bulir.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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