16 março 2008

Menos radicalidade precisa-se!

A radicalidade imposta à política nacional, em que as posições se extremam cada vez mais, tem como efeito imediato o estreitar da base de apoio de todos os partidos em presença que ambicionam deter o poder. Os outros, sem essa preocupação imediata, aparentam estar melhor de saúde do que nunca.
O abalo provocado nas certezas, ou pelo menos na capacidade de o governo conseguir levar avante as suas reformas, resultado em muito de uma oposição interna decrépita, quase imbecil, é de molde a ser necessária uma grande força e determinação do governo para o ultrapassar.
O abalo provocado na credibilidade da oposição, que já estava seriamente abalada pela inacção do seu governo anterior, resultado em muito de velhas guerras internas entre barões partidários, dificilmente terá recuperação porque o seu actual líder gosta mesmo de viver neste ambiente de bulício permanente.
Não se vê como Filipe Meneses vai conseguir meter algum tino naquela cabeça eternamente convencida que encontrou todas as verdades e que de forma constante procura ter algumas certezas. Já que não consegue juntar todas as tropas com certeza que com a sua ambição desmedida consegue que muita gente tenha a fezada e o apoie.
Não se vê como Filipe Meneses vai conseguir gerir a já pouca disponibilidade dos outros para o ouvir, para aceitar os seus golpes baixo, altos, de todo o género que dispara em todas as direcções à procura de que, seja com medo ou não, acatem a sua liderança, lhe dêem o cheque em branco, só com o qual sabe viver.

1 comentário:

Anónimo disse...
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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana