19 março 2008

Mais clareza precisa-se!

No seu percurso Filipe Meneses já conseguiu alguns objectivos:
1. Ocupou a zona central do palco mediático no que se refere à direita.
2. Tornou os seus contestatários figurantes de segunda e menorizou-os.
3. Marcou a agenda política do PSD com minudências em que os seus opositores se enredam, revelam as suas fragilidades e gastam energias.
4. Descredibilizou quem não se lhe opôs no momento certo e à falta doutro tema aproveita agora aquelas minudências para tirar ilações globais.
5. Criou um corpo de fiéis que acreditam num passeio triunfal por uma alameda de ignorantes e impotentes, súbditos e subservientes.
6. Deu a ideia que a distribuição de benesses passará por ele e não tem pejo em chamar invejosos àqueles que queria a seu lado.
Porém manifesta algumas fragilidades:
1. A truculência empregue na manifestação das suas ideias não esconde a borbulhagem que o ataca.
2. O alvo da sua linguagem continua a ser só o PSD.
3. A falta de definição do que é herança e rotura com o velho PSD, porque não chega fazer propostas radicais e dizer como era bom o passado.
4. A falta de um posicionamento nítido, que as pessoas percebam, entre a social-democracia e o liberalismo militante que mais sobressai em si.
5. A escolha clara de uma linguagem para se dirigir ao povo, que não o choradinho do esquerdismo ou o radicalismo da direita.
6. A escolha do sector social alvo a privilegiar: o rural, o suburbano ou o urbano, já que o corridinho das febras e das sardinhas já não atinge todos os sectores sociais.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana