20 março 2008

Menos menosprezo precisa-se!

As forças que se digladiam no PSD e que, segundo os mais optimistas, podem levar à sua desagregação são mentalmente comparadas por Meneses às forças contestatárias do tempo de Sá Carneiro. Não terão o mesmo poder, mas para Meneses convém-lhe derrotar inimigos fortes.
A realidade é manifestamente diferente. O passado das pessoas naquela altura era pouco valorizado até para não criar controvérsias e divisões que não interessava realçar. Hoje as pessoas têm um passado de que se não podem livrar sem terem uma razão forte para tal.
Ou uma pessoa assumiu há muito ser independente e apoiar os partidos segundo as suas opções e prática ou então o mais normal será ter-se colocado de um lado da barricada e lá permanecer, muitas vezes a contra gosto. A excepção será a pessoa definitivamente descrente e que adere a outro partido.
O que caracteriza a maioria dos membros de um partido é a apatia, pelo que é fácil a alguém que tenha palco mediático e seja hiperactivo afirmar-se sem que isso diga nada sobre o seu valor ou qualidade. Quando muito dirá do pouco valor dos outros.
Mas menosprezar o valor e a qualidade dos outros só porque não têm disponibilidade para aparecer nos meios aonde se afirmam os papéis políticos é desprezível. Afirmar-se criando o deserto à sua volta não foi a estratégia de Sá Carneiro. Este criou discípulos e até herdeiros lhe não faltaram.
Meneses não manifesta qualquer respeito pelos membros do PSD, pelos que têm valor próprio derivado do seu contributo social e político. Aqueles que aderem, que não pagam cotas e a quem nada se mais pede, senão votar nas directas só servem para descredibilizar o partido. Fracos por fracos deixe-se ficar com os que tem.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana