No doce remanso pastoril passaram-se séculos em que o gado preferido era o pisco, forte, baixo e encorpado, valente para puxar os carros, o arado, a charrua, as pedras, as árvores e tudo aquilo que para o homem era de peso excessivo.
As necessidades alimentares vieram dar ao leite a importância outrora mais subestimada e isso levou a, na escolha do gado, tentar conciliar as necessidades do trabalho com as necessidades da produção desse precioso alimento e em consequência levou a passar a favorito o gado galego.
Só nas últimas décadas a produção de leite se foi desligando da necessidade do trabalho e a escolha recaiu sobre a raça frísia, vulgarmente conhecida por torina. Foi uma transformação acompanhada de outra escolha de raças para a produção de carne com abandono quase absoluto do trabalho.
No Alto Minho a partir de certa altura a produção de leite passou a constituir um importante contributo para a economia doméstica. Os agricultores no geral tinham de uma a três e os maiores de cinco a seis cabeças de gado galego. Alguns mesmo foram comprando umas torinas a fazendo as suas pequenas vacarias.
Numa primeira fase, do galego, o leite produzido era utilizado no consumo dos pequenos centros urbanos da região e na produção de manteiga e queijo por pequenos fabricantes. No início da década de sessenta a instalação da Lacto-Lima, que associou quase todos os pequenos fabricantes, levou à instalação de alguns postos de recolha e a um incremento da produção de leite.
A intromissão do movimento associativo nesta questão levou a uma monopólio da Agros na recolha de leite e, face ao deficit nacional da sua produção, levou à instalação de mais postos de recolha, de ordenhas e das primeiras vacarias industriais.
Perdida a sustentação na Lacto-Lima, a produção de leite no Alto Minho passou a estar dependente da conjuntura nacional. Quando, em plena terceira fase, a Parmalat “atacou” em força o mercado nacional, fê-lo montando a sua rede de recolha a partir dos grandes produtores com grandes vacarias que tinham vindo a ser instaladas, com duzentas ou mais cabeças de gado.
A Agros, velho resquício do regime corporativo de Salazar, foi encurralada, obrigada a baixar custos, a expulsar da sua rede os pequenos produtores que lhe imponham encargos excessivos com a manutenção dos seus postos e ordenhas, a conservação, fiscalização e o transporte de pequenas quantidades de leite de proveniências diversas.
Entre a rede optimizada da Parmalat e a velha rede dispersa e obsoleta que correspondeu a uma fase proto-económica, a Agros não foi capaz de criar uma rede racional que tivesse em conta os interesses de pequenos e grandes produtores, dos lugares mais longínquos e das vacarias mais próximas das suas fábricas.
Salvas as devidas distâncias, temos hoje os liberais do P.S.D. armados em Parmalat, que nem milagreiros são no sentido dos interesses que defendem, quanto mais de serem capazes de encontrar aquela terceira solução de que a Agros não foi capaz.
O Governo está efectivamente preocupado com a população que não quer que a rede de cuidados de saúde tenha o destino da rede de recolha de leite da Agros, nem que os liberais transformem tudo em redes optimizadas.
O Governo está preocupado e preparado para que, perante a evolução dos cuidados de saúde, os nossos postos de saúde não quedam sem qualidade, sem capacidade de prestar serviços eficazes e antes se levem os benefícios de uma estruturação em rede aos mais recônditos cantos do País.
As necessidades alimentares vieram dar ao leite a importância outrora mais subestimada e isso levou a, na escolha do gado, tentar conciliar as necessidades do trabalho com as necessidades da produção desse precioso alimento e em consequência levou a passar a favorito o gado galego.
Só nas últimas décadas a produção de leite se foi desligando da necessidade do trabalho e a escolha recaiu sobre a raça frísia, vulgarmente conhecida por torina. Foi uma transformação acompanhada de outra escolha de raças para a produção de carne com abandono quase absoluto do trabalho.
No Alto Minho a partir de certa altura a produção de leite passou a constituir um importante contributo para a economia doméstica. Os agricultores no geral tinham de uma a três e os maiores de cinco a seis cabeças de gado galego. Alguns mesmo foram comprando umas torinas a fazendo as suas pequenas vacarias.
Numa primeira fase, do galego, o leite produzido era utilizado no consumo dos pequenos centros urbanos da região e na produção de manteiga e queijo por pequenos fabricantes. No início da década de sessenta a instalação da Lacto-Lima, que associou quase todos os pequenos fabricantes, levou à instalação de alguns postos de recolha e a um incremento da produção de leite.
A intromissão do movimento associativo nesta questão levou a uma monopólio da Agros na recolha de leite e, face ao deficit nacional da sua produção, levou à instalação de mais postos de recolha, de ordenhas e das primeiras vacarias industriais.
Perdida a sustentação na Lacto-Lima, a produção de leite no Alto Minho passou a estar dependente da conjuntura nacional. Quando, em plena terceira fase, a Parmalat “atacou” em força o mercado nacional, fê-lo montando a sua rede de recolha a partir dos grandes produtores com grandes vacarias que tinham vindo a ser instaladas, com duzentas ou mais cabeças de gado.
A Agros, velho resquício do regime corporativo de Salazar, foi encurralada, obrigada a baixar custos, a expulsar da sua rede os pequenos produtores que lhe imponham encargos excessivos com a manutenção dos seus postos e ordenhas, a conservação, fiscalização e o transporte de pequenas quantidades de leite de proveniências diversas.
Entre a rede optimizada da Parmalat e a velha rede dispersa e obsoleta que correspondeu a uma fase proto-económica, a Agros não foi capaz de criar uma rede racional que tivesse em conta os interesses de pequenos e grandes produtores, dos lugares mais longínquos e das vacarias mais próximas das suas fábricas.
Salvas as devidas distâncias, temos hoje os liberais do P.S.D. armados em Parmalat, que nem milagreiros são no sentido dos interesses que defendem, quanto mais de serem capazes de encontrar aquela terceira solução de que a Agros não foi capaz.
O Governo está efectivamente preocupado com a população que não quer que a rede de cuidados de saúde tenha o destino da rede de recolha de leite da Agros, nem que os liberais transformem tudo em redes optimizadas.
O Governo está preocupado e preparado para que, perante a evolução dos cuidados de saúde, os nossos postos de saúde não quedam sem qualidade, sem capacidade de prestar serviços eficazes e antes se levem os benefícios de uma estruturação em rede aos mais recônditos cantos do País.
(Continua)
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