17 março 2007

Os caminhos de uma madrugadora Primavera

Este tempo de madrugadora Primavera sempre foi do meu maior gosto. Este tempo de floração é, para quem mais vive em consonância com o tempo universal, o esplendoroso tempo do renascimento da vida.
Para uns começará o martírio de se ter que haver com o pólen agressivo, mas ainda bem que tal não afecta a grande maioria de nós, aqueles que há muito adquirimos a necessária imunidade natural.
Para estes é um gosto desfrutar do múltiplo colorido das flores e folhas que desabrocham nas suas várias tonalidades do branco ao rosa e ao vermelho, do amarelo ao verde claro e ao verde mais escuro.
Os que podem vão tendo gosto em manter assim a paisagem, que as novas construções, se alteram a paisagem vão contribuindo para aguentar este aspecto florido, pelo menos junto às habitações.
Mas hoje não é possível impor o arroteamento compulsivo das terras agrícolas como foi feito na Idade Média para satisfazer as necessidades da população. Quem corre hoje é mesmo só por gosto.
Como temos excesso de produtos agrícolas, não nos curando de saber da sua duvidosa qualidade, manter este jardim torna-se uma tarefa impossível, pelo dispêndio, pelo contínuo desperdício de dinheiro dos seus proprietários.
Um dia destes, iludidos que andamos a olhar para a jóia da coroa condal, o Jardim dos Labirintos, quando dermos por ela, dos terrenos agrícolas sobrarão as silvas a invadir até os caminhos agrícolas, impossibilitando-nos de usufruir de tanta beleza.
Valha-nos Santiago.

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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana