20 março 2007

Não à chicana política!

A questão que levou a Câmara de Ponte de Lima ao Tribunal para responder por um acto coercivo, que este haveria de julgar injustificado, pode ser vista sob dois prismas, conforme a maneira que cada um tem de “fazer” política.
Daniel Campelo assegura que o processo que levou ao corte de abastecimento de água a uma habitação por um período de três meses seguiu os trâmites normais, tendo baseado a sua atitude num despacho técnico.
Este comportamento foi penalizado em Tribunal pelo que só há uma posição que se possa assumir: Pugnar por que sejam regulamentados de forma precisa, incontroversa e constitucional os casos em que uma atitude, da natureza da que agora foi penalizada neste contexto, possa ser praticada, para que um caso semelhante, como é evidente, se não repita.
Regulamentos correctos serão aqueles que além de dar satisfação aos interesses da população, permitem a operacionalidade dos serviços camarários e obviam à responsabilização pessoal dos seus agentes.
Se o Ministério Público entendeu, com base neste processo e nas declarações prestadas no seu âmbito, instaurar um outro processo, atinente a deduzir as responsabilidades pessoais, haveremos de aguardar as suas conclusões.
Não somos nós que vamos julgar da boa fé, deduzir possíveis motivações pessoais, atribuir carácter persecutório ou quaisquer outras características que um acto desta natureza pode assumir, para além de constatarmos o erro que foi cometido.
A oposição institucional esteve à altura, não entrou na chicana política, aplicou a grande máxima de que todos são inocentes, pelo menos, até prova em contrário.
A oposição chicaneira, parte dela com a ideia de fazer oposição à oposição, entendeu dever ter sido feito um aproveitamento político deste caso, em que dos três acusados só um é político e nas condições em que ele se encontra.
Como comentarista não alinho na trapaça, mas também sem ter que alinhar pela cabeça de um juiz, após a conclusão deste segundo processo, espero ver definidas as responsabilidades de cada um.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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