04 março 2007

O que está em causa em termos de segurança

O governo elaborou uma resolução, que é orientadora de uma reestruturação das forças de segurança. Segundo ela “A reforma é norteada por dois grandes objectivos.
Em primeiro lugar, pretende-se incrementar a acessibilidade e a proximidade das forças de segurança aos cidadãos, garantindo a sua presença nos locais onde são mais requeridas, reforçando a visibilidade e valorizando o seu potencial de prevenção e de combate à criminalidade.
Por outro lado, e não menos importante, visa-se, também, melhorar as condições de funcionamento das forças de segurança, reparando ou reinstalando as subunidades policiais degradadas e reforçando a sua capacidade de intervenção através de mais e melhores meios e equipamentos e do recurso sistemático a novas tecnologias de informação e comunicação.”
Se é natural pensar que estes objectivos venham a ser atingidos a nível nacional, mais problemático é se em Ponte de Lima essas condições melhorarão. Se com esta resolução “Assim, determina-se:
a) A não realização, em 2008 e 2009, de concursos para novas admissões de praças e agentes na GNR e na PSP;
b) A abertura de procedimentos para a colocação de funcionários civis da administração pública na GNR e na PSP, em número de pelo menos 1800.”
Cremos que o reaproveitamento de efectivos com a sua libertação para a actividade operacional em Ponte de Lima não será de molde a melhorar a sua eficácia. Só uma formação intensiva e adequada dos meios humanos permitiria contribuir para isso.
Mesmo que a nível nacional e “Tendo em conta que em 2007 e 2008 há um total de cerca de 2500 militares da GNR e pessoal com funções policiais da PSP que adquirem as condições de passagem à reserva e pré-aposentação, verifica-se que os 6600 efectivos libertados por aquelas duas vias permitem compensar as saídas de dois anos e ainda um aumento em cerca de 4100 efectivos do pessoal militar ou policial afecto a funções operacionais.”
Se estes números são plausíveis e cremos serem a nível nacional, proporcionalmente não me parecem ser possíveis em Ponte de Lima além de se não se conseguir a sua melhoria sem uma transferência para cá de efectivos mais jovens, mais preparados e não só em fim de carreira, além dos meios atinentes às tecnologias de informação e comunicação.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana