01 maio 2008

A última oportunidade do João

Quem lhe podia dar uma oportunidade parece não estar disposto a fazê-lo. Seria útil ouvir da boca de João Jardim as propostas para a reestruturação do Estado que existe. Afinal que Estado quer, que funções lhe atribuir, que funções entregar à iniciativa individual. Nas actuais circunstâncias a sua voz confunde-se com a de todos os contestatários, como sempre tem sucedido aliás, e isso não ajuda até quem genuinamente o quer ajudar.
Mas acima de tudo penso que no PSD ninguém o quer ajudar. Todos têm vergonha dele. Querem-no afastado, lá longe nas ilhas, sem dizer as suas tradicionais baboseiras aos ouvidos das pessoas mais sensíveis. Também acho que só João Jardim se não terá apercebido disso há muitos anos. Aliás ele parece que sempre quis que lhe pagassem para não falar muito.
Muitos nunca chegam a viver o seu momento de verdade. Talvez porque hoje a esperança de vida é maior, porque os acontecimentos ocorrem a uma velocidade nunca vista, já muitos podem protelar até mais tarde esse momento. Mas sinceramente não terá corrido bem aos que têm feito isso. Expuseram-se quando já não tinham nada a mostrar de novo.
O momento de verdade vai chegar para muitos políticos do PSD. Muitos que já tiveram apoio ver-se-ão abandonados. Não podemos viver estas situações como fonte de qualquer prazer. Temos que as ver como uma necessidade de clarificação. E quem, abandonado, quiser algum dia voltar a disputar uma nova oportunidade deve pensar se não está a prejudicar o País.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana