03 maio 2008

Falta o expoente maior do nosso individualismo

Em política cada qual julga estar a agir com uma racionalidade superior à do vizinho. Há políticos que gostam de obter vantagens à margem do jogo democrático, quando lhes parece que esse jogo lhes não é favorável, não é racional. Mas tudo tem limites e às vezes é melhor não esticar demasiado a corda porque o tropeção pode ser muito grande.
Daniel Campelo ter-se-á apercebido que era melhor abandonar o aliado de momento, Defensor Moura, e procurar integrar-se com o mínimo de percas neste novo percurso a fazer com os outros autarcas do Alto Minho. Não se terá rendido à democracia mas rendeu-se de certo a razões práticas que na política não são despiciendas.
Enfim a posição de Defensor Moura não tem agora qualquer suporte e de certo também os seus seguidores de Viana do Castelo já se vão apercebendo que sem haver cedências não haverá acordos e em consequência os milhões da Comunidade para este distrito que, antes de ser humilhado, se não tem apresentado com a dignidade devida.
Defensor Moura é tão só o expoente de um individualismo que tem feito que todos paguemos caro, com um atraso desmedido, a nossa incapacidade para criarmos projectos que nos unam, em que todos nos empenhemos, em que os esforços individuais criem sinergias que nos favoreçam a todos. Desta vez não temos desculpas pois quem nos humilha é um dos nossos.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana