Será a rampa de lançamento do Partido Verdadeiramente Xocialista? O primeiro pretexto para um contacto exploratório é uma festa de cultura, diz-se. Que esta aproximação entre Louçã e Alegre seja o primeiro passo para uma plataforma programática comum é problemático, porque um festejo comum é pouco para um programa de governo.
Louçã e Alegre convergem na postura justicialista. O Louçã anseia por criar vítimas do seu sarcasmo. O Alegre é mais comedido e anseia por criar vítimas dos sonhos irrealizados. Ambos se alimentam de sangue na medida em que é única maneira de subsistirem, isto é, de darem alguma razão à sua sensibilidade, no modo particular como cada um vê o mundo e constrói o seu.
Louçã é do partido de esquerda sem proletários e sem sindicatos, aglutinador dos restos da ortodoxia comunista que não arrastam exércitos. Alegre é Alegre, com a melancolia intelectual de quem vê o seu estatuto de infiltrado na política a diluir-se, de quem já não consegue ser referência senão para aristocratas de esquerda falidos, que não souberam aproveitar a sua ocasião, e pregadores sem céu para prometerem.
Estes ilusionistas aparecem agora a dirigir-se às classes médias, não para lhes resolver os problemas, mas para obter o luzimento que só elas podem dar, o reconhecimento referencial que todos procuram. Falam-lhes com uma linguagem de esquerda maximalista a prometer-lhes aquilo que só a direita lhes pode dar.
Quando um político destes tem a ilusão de ganhar umas eleições, de subir nas preferências, cai no esparrela de adoptar a linguagem do sector da classe média que lhe está mais próximo, corre o risco de não ser entendido pela restante classe média, e decerto não capta a simpatia de quem vive dificuldades sérias, mas não vai em ilusões.
Louçã e Alegre convergem na postura justicialista. O Louçã anseia por criar vítimas do seu sarcasmo. O Alegre é mais comedido e anseia por criar vítimas dos sonhos irrealizados. Ambos se alimentam de sangue na medida em que é única maneira de subsistirem, isto é, de darem alguma razão à sua sensibilidade, no modo particular como cada um vê o mundo e constrói o seu.
Louçã é do partido de esquerda sem proletários e sem sindicatos, aglutinador dos restos da ortodoxia comunista que não arrastam exércitos. Alegre é Alegre, com a melancolia intelectual de quem vê o seu estatuto de infiltrado na política a diluir-se, de quem já não consegue ser referência senão para aristocratas de esquerda falidos, que não souberam aproveitar a sua ocasião, e pregadores sem céu para prometerem.
Estes ilusionistas aparecem agora a dirigir-se às classes médias, não para lhes resolver os problemas, mas para obter o luzimento que só elas podem dar, o reconhecimento referencial que todos procuram. Falam-lhes com uma linguagem de esquerda maximalista a prometer-lhes aquilo que só a direita lhes pode dar.
Quando um político destes tem a ilusão de ganhar umas eleições, de subir nas preferências, cai no esparrela de adoptar a linguagem do sector da classe média que lhe está mais próximo, corre o risco de não ser entendido pela restante classe média, e decerto não capta a simpatia de quem vive dificuldades sérias, mas não vai em ilusões.
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