Não é possível confundir generosidade com caridade. A generosidade, que não é só propósito, consta de actos pessoais unívocos, sem retorno, incompensáveis. A generosidade que interessa é a que resulta de um empenho permanente, sem cálculos circunstanciais, e que se expande pela reprodução voluntária.
A caridade é um método cujos actos resultantes são enquadráveis numa forma específica de organização social. Há porém regimes que rejeitam a caridade, tomando-a como anti-social na medida em que preconizam que todos os membros da sociedade deverão não precisar dela, como deverão também contribuir para o produto social que a dispensa.
Há outros regimes que incentivam a caridade porque é a forma que encontram para suprir as lacunas que o sistema social proporciona. A caridade assume assim um carácter sistémico, fluindo ao sabor das necessidades circunstanciais. Importante no passado como forma de solidariedade esporádica, esta caridade não tem hoje, dentro dos limites nacionais, qualquer razão para ser invocada. Esta sociedade, obrigatoriamente, tem que ter outros instrumentos para que a solidariedade seja permanente e eficaz.
É necessário não ser intelectualmente promíscuo, não baralhar e confundir conceitos. Os caritativos de hoje são aqueles que falharam e sempre falharão na gestão das expectativas sociais. Esta sociedade exige cada vez mais generosidade para sermos capazes de aceitar, compreender e tentar contribuir para a resolução das suas discrepâncias.
Novas formas de desenraizamento, desinserção, exclusão social surgirão e é necessário encará-los com a generosidade de quem é o responsável pela imperfeição deste mundo. Não podemos tratar os problemas com flores, mas temos de interagir com eles para poder minimizar as desigualdades. A caridade não vence as disparidades sociais.
A caridade é um método cujos actos resultantes são enquadráveis numa forma específica de organização social. Há porém regimes que rejeitam a caridade, tomando-a como anti-social na medida em que preconizam que todos os membros da sociedade deverão não precisar dela, como deverão também contribuir para o produto social que a dispensa.
Há outros regimes que incentivam a caridade porque é a forma que encontram para suprir as lacunas que o sistema social proporciona. A caridade assume assim um carácter sistémico, fluindo ao sabor das necessidades circunstanciais. Importante no passado como forma de solidariedade esporádica, esta caridade não tem hoje, dentro dos limites nacionais, qualquer razão para ser invocada. Esta sociedade, obrigatoriamente, tem que ter outros instrumentos para que a solidariedade seja permanente e eficaz.
É necessário não ser intelectualmente promíscuo, não baralhar e confundir conceitos. Os caritativos de hoje são aqueles que falharam e sempre falharão na gestão das expectativas sociais. Esta sociedade exige cada vez mais generosidade para sermos capazes de aceitar, compreender e tentar contribuir para a resolução das suas discrepâncias.
Novas formas de desenraizamento, desinserção, exclusão social surgirão e é necessário encará-los com a generosidade de quem é o responsável pela imperfeição deste mundo. Não podemos tratar os problemas com flores, mas temos de interagir com eles para poder minimizar as desigualdades. A caridade não vence as disparidades sociais.
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